245 Auriculoterapia Um Importante Recurso Terapeutico Na Otimizacao Do Cuidado Integral No Sus

Autores BÁRBARA CHAVES ALVES DE OLIVEIRA 1,2, Raoul Costa Praciano Sampaio 1,2, Malena Martins Magalhães 2, Lara Maria Taumaturgo Dias Correia 3

Instituição 1 ESP/CE - Escola de Saúde Pública do Ceará, 2 SMS-FOR - Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza, 3 NUPICS - Núcleo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde - UERN

Resumo

INTRODUÇÃO: As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) são recursos terapêuticos que visam a promoção, a prevenção e a recuperação do bem-estar da população, em constante fortalecimento, desde 2006, no SUS por meio das Políticas Nacionais em Saúde (PNPICS). De acordo com os dados do Ministério da Saúde, as PICS estão presentes em 54% dos municípios brasileiros, dos quais 78% encontram-se na Atenção Básica. Nesse contexto, a Acupuntura Auricular (AA) ou Auriculoterapia é uma opção terapêutica integrativa que envolve a abordagem complementar e dinâmica do paciente, permitindo que o mesmo tenha uma coparticipação no seu processo saúde-doença a qual atua por meio do equilíbrio psíquico – orgânico, estimulando áreas na orelha que promovem liberação no sistema nervoso central de neurotransmissores responsáveis por respostas orgânicas e imunológicas, assim como a analgesia.

OBJETIVO: Apresentar a Acupuntura Auricular como ferramenta terapêutica na otimização da promoção dos cuidados e na prevenção dos agravos em saúde, preconizando o estreitamento do vínculo médico-paciente e salientando a importância das PICS no SUS.

DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: AA realizada com sementes de mostarda com aplicação em pavilhão auricular ativo de pacientes maiores de 18 anos acompanhados ambulatorialmente na UAPS de adscrição, no município de Fortaleza/Ceará, por queixas de dor crônica, insônia, ansiedade e abuso do tabaco, em uso de terapias farmacológicas e seguindo protocolos padronizados e plano terapêutico individualizado realizado de 4 a 10 sessões por profissionais de saúde (Médicos Residente em MFC e Educadora Física) com formação em Auriculoterapia.

RESULTADOS: As práticas de Auriculoterapia permitem que os pacientes exerçam a autonomia do cuidado, atuando ativamente no seu processo terapêutico, diferentemente da abordagem tradicional com uso de medicamentos, por meio do autoestímulo auricular local associado a um ambiente com olhar acolhedor e uma escuta ativa qualificada. Durante os atendimentos, observou-se que estes pacientes apresentavam alívio das queixas já nas primeiras sessões e que se sentiam mais confiantes para compartilhar sobre as suas problemáticas com a equipe, fortalecendo o vínculo e permitindo um melhor entendimento desta do seu processo de saúde-doença diante da realidade clínica de cada indivíduo.

CONCLUSÕES: Dessa forma, a AA permite de forma simples, efetiva, barata e com poucos riscos que seja possível otimizar a prevenção e a restauração da saúde, por meio de uma prática humanizada, atuando como modelo terapêutico integrativo com ampliação da corresponsabilidade no cuidado biopsicossocial do indivíduo, reforçando os princípios do SUS e evidenciando a necessidade de mais investimentos em PICS.

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